A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) não realizou qualquer manifestação pública no último dia 17 de maio de 2025, data reconhecida mundialmente como o Dia Internacional de Combate à LGBTfobia.
Após os diálogos estabelecidos entre o nosso coletivo, com o ex-presidente Ednaldo Rodrigues e a antiga diretoria, a entidade vinha assumindo publicamente posicionamentos importantes nos anos de 2023 e 2024, tanto no 17 de maio quanto no 28 de junho, Dia Internacional do Orgulho LGBTQ+, o silêncio, portanto, marca um retrocesso em relação aos avanços recentes.

Para Onã Rudá, fundador do nosso coletivo, a ausência de manifestação este ano reflete o momento político delicado que a entidade atravessou, com a destituição do então presidente e a consequente eleição de Samir Xaud. No entanto, a continuidade de publicações sobre outros temas nas redes sociais da entidade evidencia “uma falta de convicção institucional e de compreensão da cultura interna da CBF no que tange à pauta LGBTQ+.
O afastamento da confederação da temática LGBTQ+ já vinha sendo percebido desde o fim de 2024, ainda na gestão anterior, com o não cumprimento de compromissos previamente firmados com o nosso coletivo e a ausência de resposta aos ofícios enviados ainda na gestão de Ednaldo Rodrigues.
Apesar de todo esse cenário, já houve um primeiro contato com a nova gestão, através do gabinete do atual presidente Samir Xaud e seguimos no aguardo dos encaminhamentos que serão dados pela nova diretoria. A expectativa é que, no próximo dia 28 de junho, Dia Internacional do Orgulho LGBTQIA+, a CBF retome publicamente o seu compromisso com o enfrentamento à LGBTfobia no futebol.
Texto: Canarinhos