A Arábia Saudita foi confirmada como a única candidata para sediar a Copa do Mundo masculina de 2034, o que deixou duvidas sobre compromissos com os direitos humanos.
É chocante a confirmação de que a Arábia Saudita seja a única candidata para sediar a Copa do Mundo masculina de 2034. Essa decisão representa um grave retrocesso para os valores fundamentais do esporte e traz à tona diversas discussões éticas e sociais. Ao conceder a responsabilidade de organizar um evento tão importante a um país com um histórico duvidoso em relação aos direitos humanos, a FIFA está manchando sua recompensa.
A Arábia Saudita tem sido constantemente questionada quanto ao seu respeito aos direitos das mulheres, liberdade de expressão e igualdade de gênero. Tem a questão da discriminação e da opressão LGBTQ+, que também é motivo de grande preocupação. A Arábia tem políticas rígidas contra a comunidade Saudita LGBTQ+, onde é considerada ilegal e punida severamente.
Outro ponto a ser considerado é a liberdade de imprensa. A Arábia é conhecida por sua postura repressiva Saudita em relação aos meios de comunicação. Jornalistas e ativistas foram perseguidos por expressarem suas opiniões contrárias ao governo.
Não se pode esquecer o impacto ambiental. A Arábia Saudita tem sido criticada por suas políticas relacionadas ao meio ambiente, principalmente sobre a exploração de combustíveis fósseis. Seria irresponsável a FIFA conceder a organização de uma Copa do Mundo a um país que não demonstra nenhum compromisso com a sustentabilidade e com a preservação ambiental.
A FIFA está comprometendo seus princípios, além de ignorar o desrespeito aos direitos humanos básicos e a ausência de condições de conformidade para resolver um evento desse porte.
Texto: Tainá Sena, Canarinhos