Em 17 de maio de 2025, a luta global contra a homofobia, transfobia e bifobia segue firme, e as partidas da Ligue 1 desta noite adotam um posicionamento corajoso. Os jogadores entrarão em campo com uniformes especiais, uma iniciativa da Liga Profissional de Futebol (LFP) para dar destaque a essa causa tão importante.
No entanto, para o ex-jogador e ativista engajado Ouissem Belgacem, essa medida é apenas um gesto superficial. Em uma crítica contundente no programa Anais Matin da RMC, Belgacem não poupou palavras e afirmou que os esforços da LFP precisam ir muito além de uma campanha anual de fachada.

“Se levaram um ano para conceber esse plano, que na verdade repete a campanha polêmica do ano passado, está claro que isso não está funcionando”, ressaltou, destacando as falhas da entidade. Para ele, comunicação não basta; é necessária uma ação profunda e estruturada.
“Mudança de verdade não nasce só no discurso. Cadê os treinamentos e cursos de conscientização para os jogadores? Precisamos de instrutores que estejam dispostos a entrar em campo, dialogar, explicar e despertar consciência”, enfatizou.
Ouissem Belgacem leva a sério a luta contra a homofobia, visitando clubes e categorias de base para conversar diretamente com os atletas. Ele já ouviu frases duras, como um gelado “Eu odeio todos os gays” vindo de um jovem jogador. Contudo, esses diálogos francos frequentemente se transformam em trocas ricas, mostrando a vontade dos jovens atletas de aprender.
“Por que essa iniciativa não é adotada em todo o país, em todos os clubes, todos os anos?”, questionou, defendendo uma estratégia ampla e organizada.
Ele também lamentou a postura passiva de muitos jogadores. “É lamentável que alguns se afastem por não serem afetados diretamente. Só vamos ver mudanças reais quando todos se unirem contra todas as formas de injustiça”, afirmou com veemência.
Para encerrar, Belgacem deixou um alerta contundente: “Essa é uma batalha que muitas vezes é varrida para debaixo do tapete. Falar pode não trazer aplausos e até provocar reações negativas. Mas é fundamental levantar a voz porque a homofobia mata.”
Fonte: Ouissem Belgacem Exige Ações Concretas contra a Homofobia no Futebol – footboom1.com