O bandeirinha começou na profissão em 2018, antes de passar pela transição. Hoje ele atua em jogos profissionais do Rio de Janeiro e sonha em chegar à Fifa. Gabriel Borges sempre gostou de futebol, mas nunca pensou em trabalhar com arbitragem. Mas foi incentivado a fazer o curso da Federação de Futebol do Estado do Rio de Janeiro (Ferj) em 2018. Se tornou o único homem transexual no quadro da Ferj e se desenvolveu na área enquanto passava pelo processo de transição, foi aprovado nos testes da categoria masculina e hoje atua em jogos profissionais do estado.
Gabriel passou pela transição de gênero quando já fazia parte do quadro da Federação. Ele recorda que, desde pequeno, sempre teve mais apreço pelas “coisas de menino”, mas não sabia que poderia ser um.
“Só em dezembro de 2019 que tive coragem de dizer ao mundo, após conversar bastante com a minha esposa e com uma psicóloga, que me mostrou que era possível ser quem eu gostaria de ser, de ser quem eu realmente era”, disse Gabriel.
– Eu quero muito ser um árbitro CBF. Essa “promoção” ocorre através de boas avaliações nas partidas, boas notas nas provas teóricas e aprovações nas provas práticas. Além de algumas coisas como idade, escolaridade, etc. Estando bem nesses critérios, somos indicados pela Ferj para a CBF e podemos ser aceitos lá. Essa é minha meta profissional… e aí quem sabe, um dia chegar à Fifa – finaliza.
Fonte:https://ge.globo.com/mg/triangulo-mineiro/futebol/noticia/2023/08/24/unico-homem-transexual-no-quadro-da-ferj-gabriel-borges-conta-experiencias-como-assistente-de-arbitragem.ghtml