Em um amistoso marcado por forte tensão e hostilidade nas arquibancadas, a Seleção Mexicana empatou sem gols contra o Uruguai no Estádio Corona, em Torreón. O clima pesado, no entanto, foi o protagonista da noite: o atacante Raúl Jiménez expressou profunda frustração com as vaias e os gritos homofóbicos direcionados ao time pela própria torcida local.

Desde o apito inicial, a insatisfação dos torcedores era visível. O alvo principal foi o goleiro Raúl Rangel, escalado no lugar do favorito local, Carlos Acevedo. Apesar de realizar boas defesas e garantir o zero no placar, Rangel conviveu com vaias constantes. A irritação do público reflete a má fase da equipe, que já acumula cinco jogos sem vitória.
Hostilidade e Homofobia
O momento mais crítico envolveu a entoação de gritos homofóbicos, uma prática que a FIFA tenta erradicar, mas que persiste nos estádios mexicanos. Além dos insultos discriminatórios, a torcida também pediu a saída do técnico Javier Aguirre, entoando coros de “Fora, Vasco” (apelido do treinador).
Raúl Jiménez, atacante do Fulham, lamentou a postura das arquibancadas:
“É triste jogar em casa e ser vaiado, ouvir gritos contra o técnico e insultos homofóbicos ao goleiro. Isso realmente deixa um sentimento de tristeza, mas é a realidade que enfrentamos.”
Jiménez sugeriu que esse ambiente tóxico justifica a preferência da Federação Mexicana de Futebol (FMF) por mandar jogos nos Estados Unidos. “Talvez seja por isso que sempre jogamos lá; o ambiente costuma ser mais respeitoso”, analisou.
A Seleção Mexicana volta a campo no dia 18 de novembro contra o Paraguai, no Alamodome, em San Antonio (EUA), onde a equipe espera reencontrar o apoio de seus torcedores.
Fonte: https://acapa.com.br/raul-jimenez-critica-abucheos-gritos-homofobicos-selecao-mexicana/?amp=1








