Conheça a Canarinhos LGBTQ
Canarinhos LGBTQ O Coletivo de Torcidas Canarinhos LGBTQ surgiu em novembro de 2019, à época com nome de Canarinhos Arco-Íris, mudando em junho de 2021, depois da criação de diversas torcidas e movimentos formados por torcedores e torcedoras LGBTQIAP+. Com o intuito de congregar esses coletivos, combater a LGBTfobia com ações, campanhas, iniciativas e sugestões de inclusão e diversidade. Inicialmente as movimentações e diálogos envolveram a LGBTricolor, a Marias de Minas e a Palmeiras Livre, ao longo dos meses, foram se somando coletivos que surgiram com o mesmo intuito em diversos clubes. A primeira ação conjunta foi em fevereiro de 2020: o envio de um conjunto de sugestões de ações e medidas à Confederação Brasileira de Futebol (CBF), Supremo Tribunal de Justiça Desportiva (STJD), Ministério de Justiça e Segurança Pública, Procuradoria-Geral da República (PGR), Ministério Público Federal (MPF), Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Secretaria de Esporte, Ministério de Direitos Humanos, Câmara Federal, Senado Federal e clubes de futebol.
Mesmo sem ir ao estádio, as torcidas e pessoas LGBTQs foram vítimas de ataques de ódio pela internet durante a pandemia de COVID-19e a Canarinhos LGBTQ se mobilizou com o intuito de denunciar e combater essa prática. Notas, posicionamentos, cartilha, reenvio de propostas, diálogos, articulações, orientações e busca de construção por todos os caminhos fizeram parte do processo de início dos trabalhos da Canarinhos. Uma das mais destacadas foi a pressão aos clubes pelo pronunciamento no dia 17 de maio, em 2020, Dia Internacional de Combate a LGBTfobia, que culminou no posicionamento de diversos clubes na data e questionamento aos que se omitiram. Realizamos o lançamento do Observatório em um debate/encontro virtual nacional transmitido pela Mídia Ninja em 29 de agosto de 2020 e o encontro sofreu dezenas de ataques homofóbicos após a divulgação pública do link, obrigando o fechamento da sala. Felizmente a atividade pôde acontecer, mas sem participação do público. O grau de violência sofrido pelas torcidas nas redes sociais antes do lançamento do Observatório da LGBTfobia no Futebol mostrou a necessidade de gerarmos uma ferramenta que pudesse ajudar a monitorar esses casos e propor mecanismos e alternativas de combate.
A partir de 2021 passamos a enviar notícias de infração para o STJD sobre ocorrências de homofobia, em especial de cânticos homofóbicos das torcidas, o que culminou na condenação do Flamengo em uma multa de 50 mil reais e punição a alguns outros clubes.
Nosso intuito é ajudar nessa caminhada, potencializando e divulgando boas iniciativas, monitorando denúncias e acontecimentos, denunciando casos omissos de preconceito, propondo caminhos, iniciativas e ações de visibilidade e inclusão.