Gritos como “dessas b*** teremos que ganhar” e “vai pra cima delas Timão, da bicharada”, foram alguns dos cânticos entoados no estádio alvinegro. Com isso, o árbitro Bruno Arleu de Araújo paralisou o duelo ainda aos 10 minutos do segundo tempo.
Com a pausa, o sistema de som da Neo Química Arena pediu que os torcedores parassem com as manifestações preconceituosas, já que o clube poderia ser punido. Apesar disso, o efeito na torcida foi contrário, que somente aumentou o volume dos gritos.
Ao fim, o árbitro registrou em súmula o ocorrido e na manhã dessa segunda feira o MP-SP já abriu investigação par apurar o caso.
O Corinthians será enquadrado no artigo 243-G do Código Brasileiro de Justiça Desportiva, que trata sobre “praticar ato discriminatório, desdenhoso ou ultrajante, relacionado a preconceito em razão de origem étnica, raça, sexo, cor, idade, condição de pessoa idosa ou portadora de deficiência.”
A punição prevista para essa infração é multa de R$ 100 a R$ 100 mil. Como o ato foi praticado por muitas pessoas, o Código ainda estabelece “perda do número de pontos atribuídos a uma vitória no regulamento da competição, independentemente do resultado da partida, prova ou equivalente, e, na reincidência, com a perda do dobro do número de pontos atribuídos a uma vitória no regulamento da competição.”