A história de vida da primeira mulher trans goleira de Juazeiro, na Bahia, vai virar filme. Nos campos de barro, ainda na infância, o sonho de tornar-se a primeira goleira trans do Vale do São Francisco vai virar filme.

Essa é a história de Nega Tonha, uma estrela do futebol que é respeitada dentro e fora de campo, não apenas por seus colegas, mas por toda a cidade. A vida da Nega Tonha, os desafios, vitórias e conquistas alcançadas ao longo de sua trajetória profissional nos time no Gremio, 15 de novembro e no Colnial será eternizada e entrará para os anais do futebol baiano.
As reuniões, convocações e entrevistas tem movimentado Juazeiro, desde o anúncio das gravações nas redes sociais. Em conversa com o Dois Terços, Tonha revelou a felicidade por estar sendo homenageada em vida, e por ser fonte de inspiração para outras meninas que amam o futebol, mas a transfobia as tiram de campo.
“Estou feliz demais, é muita correria, entrevistas e reuniões, mas apesar do cansaço a felicidade é maior, pois ser homenageada em vida é maravilhoso e não tem preço. Além de saber que outras mulheres trans me enxergam como inspiração e passam a acreditar que é possível estarmos em campo. Jogo em times formados por héteros, e sempre estive pronta para encarar a transfobia dentro e fora de campo”, contou Tonha.
O documentário segue a todo vapor e com muitas expectativas do povo de Juazeiro e todo o Vale do São Francisco. O documento tem direção do cineasta Thiago de Mauro.